quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ode ao elo à ela

Viva à morte do que tange a dor lacerante
O expurgo tântrico-fulminante
Exegese da profecia do canto
Heresia em sumo santíssimo pranto

Quando no verso mais vibrante
Faz-se luz aquele terror
Faz-se tu apenas amor
O que eras tu, apenas dor

Quando embebe-se de carne
Toma forma e aviva-se dest'arte
Todo o ser que era apenas martírio
Tens-se até uns ante o próprio desatino
Fez-se novo em vigor!

Viva ao que nos enaltece de alvura
Que nos banha de candura
Sempre que em seus lábios degustamos o sabor
Sempre que enlevados vamos
Pela suave ou pela mais densa atmosfera
Desta aventura feérica!

Que em seus braços sempre possamos nos atirar
Que em ti reine todos os nossos prantos
Vivas, odes de amor ao luar
Que faça-se sempre em nós vívida
Teus instrumentos da grã-doce lascívia
Sempre tenra e bem-quista
Ela, sempre pelo elo, a poesia!

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