quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ode ao elo à ela

Viva à morte do que tange a dor lacerante
O expurgo tântrico-fulminante
Exegese da profecia do canto
Heresia em sumo santíssimo pranto

Quando no verso mais vibrante
Faz-se luz aquele terror
Faz-se tu apenas amor
O que eras tu, apenas dor

Quando embebe-se de carne
Toma forma e aviva-se dest'arte
Todo o ser que era apenas martírio
Tens-se até uns ante o próprio desatino
Fez-se novo em vigor!

Viva ao que nos enaltece de alvura
Que nos banha de candura
Sempre que em seus lábios degustamos o sabor
Sempre que enlevados vamos
Pela suave ou pela mais densa atmosfera
Desta aventura feérica!

Que em seus braços sempre possamos nos atirar
Que em ti reine todos os nossos prantos
Vivas, odes de amor ao luar
Que faça-se sempre em nós vívida
Teus instrumentos da grã-doce lascívia
Sempre tenra e bem-quista
Ela, sempre pelo elo, a poesia!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Não espere de mim a palavra última.
Não espere que eu role por vontade própria até o abismo.
Meus dedos não foram feitos para apagar a luz,
nem meus pés para conhecerem o chão,
nem meus pulsos para serem cortados.

Posso lhe mostrar milhões de rostos que não serão meus
e eu me perderei em cada um deles sem saber
e não poderei me reconhecer, e nem te ver através da névoa da minha confusão
porque a dor agride minha alma de milhares de modos
porque os fragmentos todos se perderam num único medo de prosseguir.

E quando eu não tinha rastros,
e quando eu não tinha forma,
e quando eu não tinha palavras... era só seu desejo,
era só um sonho suspenso, errando em cumprir-se,
era só um destino inebriado de estrelas,
pronto para a expansão.

Não leve de mim seus passos até o poente
não carregue teus olhos abrigo antes que possamos nos salvar.
Antes que a carne se profane a qualquer preço,
não leve de mim teu abraço de paraíso...

Porque teu corpo todo é feito de sol,
porque sem ti não há nada para germinar,
porque etérea é a brisa que exala de teus sentidos
porque as trevas retornam quando o mundo está distante de ti.

Feche a porta e comungue com o infinito
e seja uma incerteza a realizar-se em um beijo,
a realidade a despertar após o pesadelo.

Aprenderemos a voar depois da queda?
Ou procurarás por si sua própria nuvem evanescente
antes que o tempo e o espaço retornem à vida?

Clarice Shaw

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Whisper of wisdow

Oh dear, where is the root of waste taken?
Since when we just have fallen from heaven?

I am no saint nor big evil 
I knew you were searching for no big deal
Remember there was a girl in a Hospital still
You went in there saying "baby, let us make a deal.."
The girl could just see an 8 years old boy
He couldn't believe in the new hopes, what a joy!

But since them he was so afraid
Should he believes again, would be it some more of the same?

Even sick she was like an angel so far
Should he believe again, should to his dreams just to say good bye
Every day the need was so big
Should he be there always or alredy leave?

Once he told her his very true need
As she couldn't avoid 
His wish was her wish

She thought she should wait her sickness go
But when they were next there was no sickness anymore

A damn hard work just appeared so easy
To reach him, to feel his heart beat!
His universe was her new place to live
Finally the heal was coming, the belief!

Oh, but they were so hurt already
Wounds of lies, of dreams expected 
The hope was increasing for her
As the fear was taking his head

And even love once was there to stay
They both so afraid shout saying
GO AWAY!

Whisper of wise winds...
The world is not trying to beat you 
Your world is possibly tryin to kill you 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Supernova

Pulso desfigurante de estrela decadente
desgastada atrás dos sete céus.
Estrela partida e agonizante
que quebra todas as asas que queriam voar.
Estrela atemporal
do descompasso descompassando no descompassado.

Se anunciasses  primavera
e não o pós-crepúsculo em que se lanças.
Se te sobrevivessem os caminhos
ou eles próprios se soubessem sem se enganar.

Se da tua velocidade desesperada
não escapasse Júpiter
e não te levasse para longe das outras esferas cantantes.

Dance tua queda com outras músicas
relampejantes,
desprenda-se das vias
lácteas...

Caia dos teus mundos,
estrela suicida,
reinventa nova chuva de ferro e gelo,
outra forma, diferente do carbono,
gerada do teu próprio cerne
para, do outro lado de ti,
poder ressurgir do teu próprio pó.

Clarice Shaw

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

La paz

En el cielo de tus ojos
No se encuentran más
La amistad de nosotros
Con lo que llamo paz

És que la paz hay en mis ojos aún
Mismo que en ti hoy muera
És lo que non cambiará 
Jamás. Mismo que todo se fuera.

Dame la vida siempre, la paz.
Hay que estar siempre viva, además.

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