terça-feira, 6 de outubro de 2015

Rendez vous

So far you came and conquered your land 
In summer time when my sun however had poor and sleeping flames
So far you stood steady for a while 
In front of that land which seemed 
so prosperous but taken
For some whiles you avoided in your self protection's name
But once more and that land you wished you never came 
The worthless try, even so,
You also didn't want to let it go

This land is a place for brave warriors 
My passion comes as it always go
The flame takes challenging tricky ways but you knew what you were doing 
And tricked me also on the back door

Despite a moment can take ages from the memories to remove
You came solely as you are 
I've given solely the rest of what I couldn't 
You've raised my other hidden selfies
Which I curiously haven't pursued 
And despite I don't regret the self revival
If this is what gives me your rendez vous
I should have never ever lost myself into you 

Just when the fall was on the way to take from the trees it's leaves
The sleeping flames awake from it's bad dreams

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A menina do espelho

Ela me guarda no segredo de seus olhos e eu entro em pânico. Cai no precipício das minhas horas vazias. Dispersa-se. Escuridão. Eu sou o abismo de sua cor, e ela é cinza.

Relampeja e em seu estrondo de amplidão implodo. Pedaços cortados por todos os lados renascendo em erros antigos, imperdoáveis.

Fantasmas de sombra e escuridão.

Ela me guarda em seus olhos de precipício. Ela é o segredo do meu terror. Ela é tudo o que restou inteiro e se preserva no infinito de minhas trevas.

Eu te sinto morrer e morro junto.
A parte que ficou em você e se perdeu pra sempre.

Quem disse que quero sobreviver?
Quem disse que tenho que ser forte?

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Arcano Lunar

I

Meu ser primitivo retorna à noite primeira
artrópode-água, vestido em seu esqueleto
- da imortalidade à carne pulsante -
no silêncio fundo do fosso
à beira da margem reta que não transborda
dentro da noite aquosa
que dissolve tudo.

II

O delírio-lunar, as portas do inferno?
Os medos que me guardam. O instinto não-domesticado.
Bebo seus olhos lunáticos como espelhos,
o luar me uiva,

como as flores do sol, eu já posso passar.


III

Aos pés das torres de tetos opostos
intuo o caminho.
O homem da lua espreita
em máscara selenita.
Insanos sonhos
sanam-se em derramado orvalho
alimentando o sol que está para nascer.

Nenhum tesouro é perdido.

Clarice Shaw.


domingo, 5 de julho de 2015

Recorrência

Não sei de onde venho,
que idade tenho
só sei da carne morta
a torturar minha sombra
e dos três dedos que me tratam
e sorriem
e não desejam minha partida.

Devoro eras antigas
com as mãos ainda cruas
(as estrelas se desfizeram
na febre manca).

Os pés de plástico afundam na areia clara,
na areia-tempo
e ampulheta
a escoar a superfície inconsistente.

Quem é só deste mundo não pode ver

do quanto sou
enquanto estou
aqui.



Clarice Shaw.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Ele tem a profundidade de uma poça de lama
e eu perco para sempre minhas pérolas.
Sou o próprio abismo que se olha de volta
sobre a poça não-reflexiva,
envolta em sujeira sem cor
na indefinição de quem não se conhece de cor.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Dançando poesia

Em três minutos, um poema
Muito bem vindo eis o dilema
De nem pensá-lo para nascer

Pois me desafio, a própria pena
Como um capítulo se encena
Vão os atores do meu cenário
O meio e o ato

Bailando iniciam uma valsa
Onde o vigor era tanto
Que se tornou tango
Mais tarde se destila
E eis que é salsa
Este mambo de ator.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Passo do enlaço

E se eu te dissesse 
Que o que houve
Já ninguém mais ouve falar
E mesmo que falem
Mesmo que esbocem algo
Jamais ousarão imaginar

O que foi que ainda é
Como pode ser 
Que ainda será?

É de fogo e é de terra
É como uma noite eterna
É não saber onde vai dar 

E num sentido meio vão 
Andar na contra-mão 
Deixar-se desdobrar

 Vou pelos cantos desatando
O nó que vai se alargando
enquanto você tenta me atar

E o tempo que em mera quimera
Até parece que espera
Mas está por nos desatar

Se eu que te tenho tanto
Sou por ti que por não sei quantos, neste baile não fosse adentrar
Eu enfim não saberia até onde o horizonte alcança  

Mas seguimos na mesma dança
Nesse passo que a gente não cansa de bailar

Está na sonoridade e timbre
Na altura e textura
Do singelo singular som
Feito pelos nós em que nos atamos
As fendas que criamos
Explosão e silêncio entre meandros.
Feito por nós a sós.
Feito por vozes de nós.
Mais nem um.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Priceless but non-affordable

Buy me a duvet
If you can't afford heating me everyday
Buy me a radio
If you can't afford feelings from what you could say
Buy me a ticket
If you can't afford coming to stay
Buy me a taxi
If you can't walk with me today
Buy me gloves
If you can't afford holding my hands
Buy me food
If you can't afford feeding me on your own way
Buy me the tenderness of the flowers
which careful sunlight empowers
The sweet silence of the mother
watching her sleepy puppies yawn
The fever of the poets
their unconventional thinking, non-rational
What is priceless and you could afford..
What is so much easier but you ignore.
And when the lights are off
You're afraid
May get darker in your veins.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

The fantastically tragic ball




Impetuous sun announces

Naive blue`s departure 

Changes in the sky`s gown
Admonishing the obscure party

Temporary autumn leaves
Enchaining memories seeds

I uphold ashes on my hands
Ultimate scenes of the end
Betrayal scampered beliefs
Even the vanishing breaths!
Somehow where good bye goes
Crowning any good on the go?

Modify the light
Abide thy madness with mine
Rinse those tears 
Into the hopes of tomorrow`s new year
Urgently seek for own-rescue
Some may find inside some clues...



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