quarta-feira, 15 de maio de 2013

Que não caia o mastro

Há quantos passos estou de nós?
Por quantas vidas se desfazem os nós?
Se atariam mais num desatino
Desatariam mais neste destino?

A quem os passos eu sempre sigo
Sem saber, cega, eu não desisto?
Será da terra dos arianos,
O mais ferrenho pagão?
Será um doce lobo da estepe
Entre suas vis plantações?
Ou o mais negro dos lobos
Do mais celeste olhar?
Seria alguém ainda por vir
Ou simplesmente ninguém será?

Enquanto convidam à dança
Brincam, serelepes, como crianças
Doces ilusões
Pobres átrios atrofiados
Nunca fazem-se de rogados
Ao menor aluvião

Que venham em polvorosa, malucas
Mas venham sempre desnudas
As mais loucas sensações

Que venham, apesar do compasso
Entre outras harmonias, enlaços
Enquanto possuir o mastro
Serei mais faceira que ti, paixão.

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