domingo, 16 de junho de 2013

Entes perdidos em suas projeções de si

Há quem fale só de si
E se importe só consigo
O que pensa é sempre dito
O que enxerga, como lhe é visto

Quer tanto falar de si
Quer tanto que lhe vejam
E que seja como pinta
É o seu grande desejo
Quem sabe abafa as más línguas
A lhe observar os tropeços

Todo essa atenção à elas
Apenas destaca mais
Do que a mais engenhosa de suas pinturas
Toda a fragilidade de uma personalidade
Estúpida.

Dever ser um desastre quando se procura em preces
Como ouvir a si
Se o que importar é o que parece?


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