Ela me guarda no segredo de seus olhos e eu entro em pânico. Cai no precipício das minhas horas vazias. Dispersa-se. Escuridão. Eu sou o abismo de sua cor, e ela é cinza.
Relampeja e em seu estrondo de amplidão implodo. Pedaços cortados por todos os lados renascendo em erros antigos, imperdoáveis.
Fantasmas de sombra e escuridão.
Ela me guarda em seus olhos de precipício. Ela é o segredo do meu terror. Ela é tudo o que restou inteiro e se preserva no infinito de minhas trevas.
Eu te sinto morrer e morro junto.
A parte que ficou em você e se perdeu pra sempre.
Quem disse que quero sobreviver?
Quem disse que tenho que ser forte?